quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Mayme I. Logsdon


Mayme I. Logsdon

(Kentucky)

            Mayme nasceu em Kentucky, a segunda de sete filhos de David Irvin e Farmer Nannie Bell. Se casou com AH Logsdon em 1900, com 19 anos, porém seu marido morreu jovem. Em 1911 entrou na Universidade e em 1913 começou a lecionar matemática em Nebraska. Durante esse período continuou em Chicago até em 1915 receber o grau de mestre e posteriormente em 1919 para retomar o trabalho de pós-graduação, terminando o doutorado em 1921, tendo sua tese sobre Equivalencia e Redução de Pares de Formas Hermitianas e publicada no American Journal of Mathematics.
           Em 1925 ela publicou um artigo sobre os “grupos completos de pontos em uma curva plana cúbica de gênero um”, em que “um estudo é feito de configurações geométricas de pontos racionais obtidos pela construção fundamental de um ou mais conhecidos pontos racionais sobre cúbicas do gênero, com um rácio de anarmônicas racional, com um breve resumo de resultados conhecidos no caso do zero genus".
       Além disse ela escreveu dois livros didáticos “Análise Matemática Elementar” e “Um matemática explica”. Após aposentada, Logsdon continuou a lecionar na universidade da Flórida por mais 15 anos.

Artigo de Revista


Artigo de Revista
            Um acontecimento recente e muito valioso foi a publicação na 80ª edição da revista RPM (Revista do Professor de Matemática) de uma nota intitulada de “Mulheres Pioneiras na Matemática do Brasil”, que trata a participação feminina na matemática e apresenta também diversos nomes de cientistas da antiguidade que por coincidência já tem sua biografia aqui no blog. Além de enfatizar que essa participação vem aumentando a partir da segunda metade do século XX, aonde houve considerável aumento da mulheres entre os estudiosos da matemática.
             Enquanto no Brasil, a publicação trás a tona o nome de 4 mulheres, são elas: Maria Laura Mouzinho Leite Lopes, Marília Chaves Peixoto, Elza Furtado Gomide e Ayda Ignez Arruda, sendo estas pioneiras no estudo da matemáticas em instutuições de ensino no Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. E em especial detalha a biografia de Maria Laura Mouzinho Leite Lopes.
  Este material pode ser encontrado on-line clicando no link: http://www.rpm.org.br/conteudo/80/historias.pdf
              Obrigado a você leitor pelo interesse, desejo que possa disfruta-lo ainda mais.

Olga Alexangrovna Ladyzhenskaya


Olga Alexangrovna Ladyzhenskaya

(07 de março de 1922 - 12 de janeiro de 2004)


          Nasceu em 7 de março de 1922, em Kologrive, em um família nobre russa desta cidade. Seu pai lecionava matemática, e lhe passou esta paixão pela disciplina, e Olga desde criança sempre mostrou grande interesse e pensamento lógico. Em 1939 ela foi para um colégio chamado Training College e em 1941 ela lecionava matemática para as classes superiores na Escola Secundária Kologrive. De 1943 a 1947 ela estou matemática na universidade de Moscou se formando, e no mesmo ano ela se casou com Andrei Kiselev, também matemático que ensina história da matemática na Universidade Estadual de Leningrado.
          Com 27 anos, ela completou seu Pós Doutorado, e em 1954 foi nomeada professora na Universidade de Leningrado. 7 anos mais tarde tornou-se diretora do Laboratório de Física Matemática no Instiruro Steklov, aonde suas descobertas lhe trouxeram grande conhecimento no mundo todo.
          Por ser nobre, imaginamos que Olga teve uma vida estável, com tudo as mil maravilhas, mas não foi bem assim. Em 1937 seu pai foi preso pelos homens de Stalin, mesmo sendo previamente avisado. Posteriormente julgado, foi condenado a morte sendo julgado inimigo do povo russo. Em função desta, Olga teve alguns infortúnios por seu pai ser inimigo do povo, não sendo admitida em algumas instituições que queria. Graças a seus contatos, ela conseguiu em 1943 entrar na Universidade de Moscou, e apesar de tudo, só pode defender sua teses após a morte de Stalin, em 53.
          Olga já escreveu mais de 250 trabalhos matemáticos, segundo a biografia, e é autora de três monografias que tiveram muita influencia no desenvolvimento do campo de equações diferenciais parciais depois da metade do século XX. Em função do seu grande reconhecimento, Olga teve muitos seguidores e ajudantes para trabalhar no Laboratório de Física Matemática.
            Além de todas suas conquistas e nomeações em 1981 foi eleita membro da Academia de Ciências da Rússia, sendo participante também de outros academias no exterior. Logo em 1998 foi presidente da Sociedade de Matemática de São Petersburgo, e em 2000 se aposenta de sua posição no seu instituto de Física Matemática.
            Em 2004 ela morreu, sendo uma grande perda para a matemática e o mundo.  

Pauline Sperry


Pauline Sperry

(05 de marco de 1885 - 24 de setembro de 1967)

                Nascida em Peabody em 1885, filha de Willard S. e Leoroyd Henrietta S. Estudou no Smith College, aonde obtve seu diploma de bacharel e foi eleita para Phi Beta Kappa. Passou um ano em Nova York e posteriormente voltou para sua Pós Graduação em matemática e música, se tornando mestre em música em 1908 e deste ano até 1912 lecionou matemática.
               Em 1912 Pauline ganhou uma bolsa de viagem pelo seu instituto, para dar o primeiro passo nos seus estudos de pós graduação em Chicago, Sob orientação de Ernest Julius, e seu trabalho era na área de geometria diferencial projetiva. Dois anos depois recebeu seu mestrado em matemática, e dois anos depois deste, recebeu título de doutora.
       Em 1916 voltou para Smith para retomar as aulas, mas logo mudou-se para a Universidade da Califórnia em 1917. Em 1923 se tornou a primeira mulher a ser promovida a professora assistente no departamento de matemática e em 1931 como professora associado. Deste ano de 1931 até 1949, orientou 5 pós doutorados. E no primeiro ano, em 31, publicou uma bibliografia de Geometria Diferencial projetiva.
             Em 1952 foi nomeada Emérita Professora Assoaciada de Matemática, e em 1953 o presidente da Universidade da Califórnia, lhe escreveu para expressar sua apreciação pelo trabalho desenvolvido nesta universidade. E quando se aposentou do ensino, continuou a ser politicamente ativa, participava da Liga de mulheres eleitoras e também da American Civil Liberties Union.
            Morreu em 1967, enquanto vivia em casa para homens e mulheres aposentados, na Califórnia.

Mary Fairfax Somerville


Mary Fairfax Somerville
(26/12/1780 - ?)

            Nascida em 26 de dezembro de 1780 em Jedburgh-Escócia, filha de Margaret e William Charters. Sua educação foi bastante fraca, ela estudou um ano inteiro em Musselburgh, em um internato de meninas. Estudou primeiro aritmética simples. Quando sua família se mudou para Edimburgo se matriculou em uma escola próxima.
                Com 24 anos se casou com seu primo, capitão Samuel Greig, porém era um marido que pouco se importava pelos interesses científicos se sua esposa. Assim, o casal teve dois filhos, Woronzow e William e em 1807 Greig faleceu.
                 Já sendo viúva, Mary viu a oportunidade de se dedicar ao que mais amava, portanto aprendeu a astronomia e se tornou estudante dos princípios de Isaac Newton. Teve poucos amigos na comunidade científica, mas sempre correspondia com um amigo escocês William Wallace.
               Em 1812 se casou denovo, com outro primo, chamado William Somerville, e esse deu mais importância ao que Mary estudava e se dedicava. Vale destacar que essa união gerou 4 filhos.
               Em 1825 ela realizou experiências sobre o magnetismo, e em 1826 apresentou um trabalho sobre a propriedade magnética dos raios ultravioletas. E esse se tornou a ser o primeiro trabalho escrito por uma mulher que foi lida a Royal Society, e publicado em Philosophical Transactions.                                                                                                               
                Em 1827, Lord Brougham ofereceu a Mary a oportunidade de escrever outra versão sobre Mecanismo dos Céus e Princípios de Newton. Porém ela ainda insegura, trabalhou em segredo, caso algo não saísse como esperado poderia destruir sua obra. Aconteceu que Mecanismo dos Céus foi um sucesso, tido como um dos livros mais famosos em suas produções matemáticas.
               Em 1834 publica seu segundo livro, A conexão das Ciencias Físicas. Um ano depois, ela e Caroline Herschel foram eleitas para a Royal Astronomical Society, sendo a primeira mulher a receber tal posto e honra.
             Em 1848, com 68 anos, Mary publica outro livro, chamado Geografia Física, que por surpresa foi muito bem sucedido e usado até em escolas e universidade pelos próximos 50 anos.
           Após a difícil perda de seu segundo marido, e acompanhada de seu única filho, escreve : “Alguns de meus primeiros amigos agora permanecem -  Eu estou quase sozinha”. Depois disso ela completou mais dois trabalhos antes de morrer, incluindo sua autobiografia, sendo futuramente publica por sua filha Martha após sua morte.

Adaptado e resumido de:
http://www.agnesscott.edu/Lriddle/WOMEN/somer.htm

Maria Gaetana Agnesi


Maria Gaetana Agnesi

(16 de maio, 1718 - 09 de janeiro de 1799)

         Apesar de ter importantes influencias matemáticas, Maria não era matemática tradicionalmente, de maneira que levava uma vida simples e desistiu da matemática muito cedo.
             Vivia na Itália no período do Renascimento, que diferente do restante da Europa, sofreu uma mudança mais rápida. Lá, mulheres tiveram mais oportunidades de estudos e pesquisas, podendo participar nas artes, medicina, matemática etc. Maria Gaetana foi um exemplo.                                                                                                                                    
                   Nascida em 16 de maio de 1718 em Milão em uma família rica e letrada, era a filha mais velha dentro dos 21 filhos que seu pai teve com 3 mulheres. Dominava diversas línguas, entre elas francês, latim, grego e hebraico e passou a dominar a matemática na adolescência. Em sua casa ocorria encontros de diversos intelectuais, e ela participava dos seminários, até a morte de sua mãe, aonde passou a desempenhar trabalhos domésticos.                                                                                                                        
        Em 1738, ela publicou uma coleção de ensaios chamados de Propositiones Philosophicae, e nestes ensaios ela expressou que as mulheres deveriam ser educadas. Com seus 20 anos de idade, passou a se dedicar no seu trabalho mais importante, “Instituições Analíticas”, trabalhando com calculo diferencial e integral.                                      
               “Instituições analíticos deu um resumo claro do estado do conhecimento em análise matemática. A primeira seção do analíticos Instituições trata da análise de quantidades finitas. Ele também lida com problemas elementares de máximos, mínimos, tangentes e pontos de inflexão. A segunda seção aborda a análise de quantidades infinitamente pequenas. A terceira secção é de cerca de cálculo integral e dá uma discussão geral sobre o estado do conhecimento. Os últimos seção trata do método inverso da tangente e equações diferenciais.”                                                                     
                Maria é mais conhecida a partir da curva chamada de “Bruxa de Agnesi”, e depois do sucesso de seu livro foi eleita para a Academia de Ciencias de Bolonha, mas há especulações que ela talvés não tenha aceitado, pois se tornou devota a caridade depois do falecimento de seu pai. O fim de sua vida foi marcados pela realizações de atos de caridade e assistência a pobres e doentes.

Cálculo - Matemática para todos


Artigo Revista

         Na revista Cálculo – Matemática para todos, Edição 13, ano 2 em 2012, foi publicado um artigo sobre a influencia que trás os estudos sobre as mulheres na matemática. Em outras palavras, uma professora americana chamada Kathleen Clark, bancou e desenvolveu uma pesquisa com 25 mulheres de 12 a 22 anos, na qual pretendia testar um método de estudo diferente do sistema educacional americano.
         Era baseado no estudo da matemática, só que em primeiro lugar, o estudo do passado da matemática, ou seja, seria como uma maneira de incentivar o gosto pela disciplina, de modo que a pessoa se interessasse e visse que valia a pena estudar tal conteúdo sem ficar com aquele pergunta típica na cabeça: “Por que estou estudando isso?”.
         Esse projeto, chamado de “A História se Repete: Mulheres na História da Matemática para Mulheres Aprendendo Matemática”, teve completo sucesso, assim que todas as jovens querem participar de uma próxima edição. Apesar disso, depois de comprovar que conhecimentos matemáticos não caem do céu, Kathleen se depara com a dificuldade que tem de concluir sua idéia e implantar outro método educacional, pois tem muita burocracia e coisas a enfrentar.
        Além de tudo isso, o artigo termina contando a história de duas influentes na matemática, são elas: Mary Everest Boole e Marie-Sophie Germain, fechando este artigo de maneira genial.